seg. maio 20th, 2024

Nossa Dica de Série desta semana é Atypical, produção original Netflix, que trata do autismo e tudo o que envolve este assunto. A série é de comédia dramática e traz uma visão diferente do que é visto normalmente, sendo que conquistou o público logo de cara.

Para se ter ideia, a produção foi a décima série mais vista dentro da plataforma, pelos brasileiros, no seu ano de estreia e a oitava em recomendações para assistir com a família.

Quer saber mais? Então vem com a gente.

Sinope e detalhes

Atypical estreio sua primeira temporada no dia 11 de agosto de 2017. Com episódios curtos, com média de 29 a 38 minutos cada um, a produção mostra Sam Gardner (Kier Gilchrist), um jovem autista de 18 anos, que é encorajado por sua psicóloga a encontrar uma namorada. Ele também é incentivado a buscar sua independência e se encontrar dentro da sociedade, através de emprego e estudo. Sam possui um melhor amigo, Zahid (Nik Castillo), que trabalha com ele e o trata como uma pessoa “normal”.

A família de Sam é composta por sua mãe Elsa Gardner (Jennifer Jason Leigh), que tenta manter o filho debaixo de seus cuidados e não gosta de interferências na dinâmica entre eles. Já o pai, Doug Gardner (Michael Rapaport), não entende muito bem a condição do garoto e tem dificuldades para se relacionar com Sam e compreender suas necessidades, mas é atencioso e cuidadoso. Para terminar, temos Casey Gardner (Brigette Lundy-Paine), irmã mais nova de Sam, que ama o irmão, mas, em algumas situações, se sente deixada de lado pelos pais devido a atenção que o jovem necessita.

Abordagem diferenciada

Existem inúmeras séries e filmes que mostram o autismo, mas Atypical é diferente, pois não mostra a história com uma carga dramática excessiva e nem tenta explicar, de forma científica, o que é autismo.

Na verdade, o que vemos na série é uma abordagem totalmente convencional: temos um jovem que está saindo da adolescência e iniciando a fase a adulta, com todos os medos, inseguranças, dilemas e problemas da idade. O fato deste jovem ser um autista é um “detalhe” a mais, mas todo o resto é igual.

Com isso, nós nos sentimos realmente conectados com o personagem e entendemos muito mais sobre o autismo do que se tivéssemos tendo uma explicação, propriamente dita, desta condição. Nós percebemos que os autistas são pessoas iguais a qualquer um, que enfrentam as mesmas situações que nós enfrentamos, mas que as enxergam de forma diferente.

O ator Kier Gilchrist entrega uma interpretação incrível e nos conecta com o personagem ao mostrar situações corriqueiras através dos olhos de um autista / Imagem: Divulgação

Outro ponto forte da série é mostrar como todos ao redor de uma pessoa autista, acabam tendo suas vidas afetadas por estas pessoas, mas não de uma forma negativa. É claro que percebemos que a situação de Sam acabou interferindo no casamento dos seus pais, por exemplo, mas percebemos que os problemas deles têm mais haver com eles mesmos do que com o filho.

Porém, a série não foca só nisso, deixando os familiares como coadjuvantes do personagem principal. Pelo contrário, cada um tem sua trama pessoal desenvolvida, seus dramas sendo trabalhados em conjunto com o enredo central e isso é totalmente real, afinal a vida de todos continua acontecendo independente do autismo.

Além do mais, cada episódio mostra como Sam faz bem a aqueles que estão perto dele, seja por sua sinceridade em disser exatamente o que pensa ou por sua vontade de enfrentar os obstáculos para chegar aonde deseja, servindo de inspiração para quem o vê.

Comédia na medida certa

Como dissemos, Atypical é descrita como uma série de comédia dramática. Parece estranho pensarmos que uma produção que irá falar de autismo trate do assunto de forma cômica. E sim, seria extremamente estranho e até mesmo errado se fizesse isso de maneira equivocada e de mal gosto.

Contudo a produção trata o assunto de forma leve, com a carga dramática necessária, mas com pitadas de humor na medida certa. Estas pitadas acontecem em situações corriqueiras e pontuais, como quando Sam visita uma casa de strip-tease e vê uma mulher sem sutiã, ou quando ele faz uma lista do que se sente, fisicamente, para descobrir se está apaixonado.

Apesar do tema, Atypical trata o assunto com humor na medida certa, principalmente ao mostrar a amizade entre Sam e Zahid / Imagem: Divulgação

São pequenas coisas, pequenas situações que trazem esse humor e nos deixam com um sorriso no rosto e o coração quentinho, pois são situações que qualquer um de nós poderíamos estar passando. Afinal, quem nunca ficou confuso e tentou descobrir se realmente estava afim de uma pessoa?

Atypical é aquele tipo de série que chegou para quebrar tabus e nos mostrar que a vida pode ser bem mais simples do que a gente imagina. Que as vezes é bom olhar para as situações diárias com outros olhos e que nós podemos fazer tudo o que quisermos, sejamos nós autistas ou neurotípicos.

A série já possui três temporadas disponíveis e foi renovada para quarta que, infelizmente, será a última. Nós entendemos que tudo tem um encerramento e é melhor terminar a história enquanto ela ainda é relevante, do que ficar prologando e acabar caindo na mesmice. Contudo, ainda não estamos prontos para dizer adeus.

Se você ainda não assistiu, não perde mais tempo e vai correndo maratonar todos os episódios. A produção é tão rapidinha e te prende fácil, que você nem vai ver o tempo passar.

Provavelmente, a quarta temporada da série deve chegar em algum momento de 2021. Então você tem tempo de sobra para assistir e reassistir quantas vezes quiser.

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Logo mais a gente volta com outra Dica de Série.

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